Seis meses em Budapest

     Aqui em Budapest passam da meia-noite, portanto, completam-se exatamente 6 meses do meu intercâmbio. São seis meses de uma vida nova. É tudo muito diferente de tudo que já vivi antes. E eu amo cada esquina deste lugar. É mágico!

 

     Lembro-me do último café da manhã que meu avô me preparou antes de minha partida como se tivesse acontecido ontem, afinal, seis meses nem é tanto tempo assim né?!?! A resposta é, sim.

     Há poucos dias atrás tive uma crise de saudades aqui, uma espécie de depressão. Foi tenso o negócio, de pensar em voltar para o Brasil e tudo. Bateu saudades da família, dos amigos, de poder falar portugues na rua e ser compreendido, de ver o por do sol no Guaíba, de tomar um chimas na Redenção em um domingo a tarde, de assistir meu colorado jogar no Gigante da Beira-rio, tenho saudades até de humilhar meu irmão no Pro Evolution Soccer e ser humilhado pelo meu melhor amigo no mesmo game hehehe.

     

     Graças a Deus e a conversas com bons amigos, me dei conta de que era só besteira da minha cabeça. As pessoas continuam me amando da mesma maneira e continuam torcendo pelo meu sucesso e vibrando com minhas vitórias. Pois bem, passada essa crise, voltei a ter uma visão macro da coisa e, fora a saudade de algumas coisas pontuais, eu me sinto mais em casa aqui do que no Brasil. Sabe, acho que aqui sou melhor compreendido pelas pessoas e tenho sido muito feliz, como talvez eu nunca fui no Brasil.

     Hoje eu penso seriamente em me mudar pra cá assim que cumprir minhas obrigações com o governo Brasileiro. Aliás, muito obrigado governo, que eu tanto critiquei, mas que agora eu sou grato por ter me proporcionado a melhor experiencia da minha vida. São seis meses em um continente que parece ser um mundo à parte, é uma nova vida, é um novo Douglas.

     Ah, para você que está chegando agora na europa ou que pensa em vir para cá, VENHA.

     Isto mesmo, venha, mas venha sem medo de ser feliz! Os mitos de que o leste europeu é violento demais e de que não se fala inglês aqui são mentira. Eu falo inglês todo o santo dia aqui e não somente na universidade. E sobre a questão da violência, tudo bem que não marco bobeira na rua, porque sei que crime existe, mas, eu nunca fui assaltado.

     A Hungria me conquistou de um jeito que nem o Rio Grande do Sul o fez. Eu realmente vou sentir muito quando tiver que partir daqui em Agosto do próximo ano. Por mais que tenha muita saudade de muita coisa no Brasil, eu acho que encontrei meu lugar no mundo. :)

     Eis aqui o retrato da felicidade deste que vos fala: :p 

     Até a próxima!

     Douglas F. Rohmann

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